Tragédia na BR-277: Ecovia diz que 'iniciava processo de sinalização na pista' quando acidente aconteceu
A Ecovia, concessionária que administra o trecho da BR-277 onde aconteceu o acidente em que oito pessoas morreram na noite de domingo (2), afirmou que iniciava o processo de sinalização da pista para que os motoristas reduzissem a velocidade quando as batidas aconteceram.
"[As equipes] iniciavam o processo de sinalização, com a chegada da polícia, e nesse lapso temporal, no momento de mobilização, aconteceu o acidente", afirmou o gerente de atendimento ao usuário da Ecovia, Marcelo Belão.
Segundo a Ecovia, o acidente, que aconteceu em São José dos Pinhais, foi causado pela falta de visibilidade ocasionada por fumaça na pista, em decorrência de um incêndio ambiental na região, e neblina.
De acordo com Belão, a concessionária seguiu os protocolos de segurança no atendimento à ocorrência, e que a equipe de atendimento da empresa realizou os primeiros procedimentos na pista da BR-277 no sentido Curitiba, que, segundo a Ecovia, tinha fluxo maior naquele momento.
"Nossa viatura iniciou de forma imediata a sinalização preventiva de redução de velocidade dos veículos que se aproximavam e também a sinalização de final de fila, garantindo que aquele primeiro fluxo passasse e encontrasse essa condição de velocidade menor, numa condição de segurança maior", afirmou.
O acidente com 22 veículos aconteceu na outra pista, no sentido litoral do Paraná.
O gerente da Ecovia afirmou que a falta de visibilidade foi identificada pelas equipes da concessionária.
"Não tivemos nenhum chamado, nenhuma solicitação no nosso serviço de 0800, nos nossos canais de atendimento de que havia fumaça ou risco de fumaça na rodovia. Nós estávamos monitorando o local e foi a nossa própria viatura que detectou essa mudança repentina brusca na condição de visibilidade", disse.
O trecho da BR-277 onde ocorreu um acidente ficou interditado por mais de três horas entre a madrugada e manhã desta terça-feira (4) por causa da fumaça e da falta de visibilidade dos motoristas.
A interdição foi feita em um trecho de dois quilômetros, nos dois sentidos da rodovia, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela concessionária que administra o trecho, Ecovia.
A medida foi tomada para evitar novas tragédias no trecho e houve lentidão no trânsito. O bloqueio começou às 3h40 e encerrou às 6h55.
Segundo o gerente da Ecovia, Marcelo Belão, não houve diferença de protocolo adotado entre domingo e esta terça-feira.
"A diferença que houve é que nós conseguimos mobilizar as viaturas com a PRF antes que houvesse uma ocorrência", afirmou.
Investigação
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) e a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) pediu informações à Ecovia sobre as causas do acidente.
A Agepar informou que solicitou imagens das câmeras que registram o fluxo na rodovia e monitora os levantamentos para apurar as causas da série de colisões entre os veículos.
A Polícia Civil também informou que está analisando as condições do condutor de caminhão e as informações do tacógrafo do veículo.
A Sulista, empresa para a qual o motorista do caminhão prestava serviço, informou que, no momento do acidente, ele iniciava viagem a caminho de São Paulo, após um final de semana de descanso com a família.
Logo após o ocorrido, uma equipe da empresa se deslocou ao local para prestar assistência ao motorista.
"A empresa lamenta a fatalidade ocorrida, se solidariza com as vítimas e se coloca à disposição das autoridades competentes para fornecer as informações necessárias à investigação e conclusão dos motivos que originaram esse gravíssimo acidente", informou em nota.
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